Uma só coisa é necessária
Leituras: Gn 18,1-10ª - Peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim.
Cl 1,24-28 - A presença de Cristo em vós, a esperança da glória.
Lc \ 10,38-42 \ Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.
O que Marta e Maria querem nos falar?
O texto de hoje, pequenino, mas delicioso, cheio de delicadeza, nos faz pensar sobre muitas de nossas atitudes. Sempre encontramos Jesus visitando os amigos e sendo convidado até pelos indiferentes e inimigos. O importante era poder dizer em primeira mão que Jesus tinha ido à sua casa para almoçar Havia quem o recebia para ver o quanto e como comia e bebia, para depois espalhar que era um comilão e beberrão. Mas havia uma família especial que Ele gostava de se autoconvidar, levando consigo todos os seus apóstolos, e ali descansar para se refazer dos pesados trabalhos e viagens. Era a casa dos 3 irmãos: Marta, Lázaro e Maria. Quem mandava mesmo na casa era Marta. Provavelmente maior de idade, ela era a dona da casa. Lázaro devia se dedicar ao comércio, aos amigos e à Sinagoga; e Maria, a irmã menor, vivia na dedicação ao que sua irmã lhe mandava fazer, e imagino-a hospedeira, aquela que fazia as honras da casa. É preciso que alguém exerça este dom de acolher e de conversar, de estar com os amigos. Maria tinha este dom. Marta se preocupava de todas as coisas da cozinha, a bebida, a cuidar dos serventes, símbolo de alguém que tem o carisma de servir, mas que ao mesmo tempo gostaria de poder conversar com os convidados.
Maria quer ver e escutar Jesus, por isso assume uma atitude de discipulado.
Na história da Igreja, Marta é símbolo do trabalho apostólico, não do ativismo exagerado que nos afasta dos compromissos humanos e espirituais. Não é uma desequilibrada. E Maria não é também uma alienada, fixada na oração, esquecendo tudo o que deve fazer. Jesus não se cansa de andar para anunciar, visitar, curar ser presença amorosa do Pai. É bonito este gesto de Jesus, que não para a não ser quando está exausto ou para rezar ou visitar os amigos. Amigo tem sempre tempo para os outros. Em uma de suas viagens, Marta o recebeu na sua casa. Sabemos que S. Lucas tem uma predileção pela palavra casa, lugar de intimidade, de recolhimento, de silêncio, de estar a sós com alguém. A casa de Deus somos nós. A arca da aliança é a casa de Deus. Betânia, segundo alguns, significa a casa do perfume. Jesus se reunia muitas vezes com os seus em casa para explicar as parábolas, para ensinar, ou para repreendê-los. Marta se queixa com Jesus. Será que o trabalho é contrário à contemplação? Ou será que o nosso trabalho muitas vezes está contaminado, manchado de desejos nem sempre puros e generosos, e voltado para uma auto projeção que nos faz perder de vista o essencial? Fonte: Pão da vida \ Frei Patrício Sciadini, ocd.
CONTEÚDOS DAS VERDADES ESSENCIAIS DO CRISTIANISMO
PARA O CRESCIMENTO DA FÉ CRISTÃ.
Jesus aproxima os homens de Deus.
Cura doentes, come com publicanos e não evita os excluídos da comunidade e das cerimônias religiosas por razões de suas deficiências. Perdoa em nome de Deus aos que cometeram pecados e encoraja-os a mudarem de vida. Muitas pessoas se encontram com Jesus. Alguns perguntam: Quem é este homem? Por acaso, um profeta de Deus? Outros enchem-se de admiração e crêem nele. Uns perguntam com suspeita: Quem Lhe deu este poder? Outros dizem: Ele blasfema. Outros, ainda, sonhadores: Quando vier o Cristo, acaso fará mais sinais do que este? (Jo 7,31). Mas todos, quaisquer que sejam suas opiniões, sentem que o mistério de seu ser está em relação com Deus. Em Israel, quando se queria dizer que uma pessoa estava particularmente unida a Deus, se dizia: é um filho de Deus. E, porque os escolheu de modo especial, Deus chama todo o povo de Israel de meu filho, meu primogênito (Ex 4,22). No dia da sua entronização e unção, os reis de Israel, que governavam o povo em representação de Deus, seu Rei, ouviam estas palavras: Tu és o meu filho (Sl 2,7).
Quando dizemos: Jesus é o filho de Deus, queremos dizer mais do que isso.
Jesus é o próprio Deus, o filho do Pai. No que se refere à sua relação com o Pai, nada existe de comparável no mundo dos homens. Os evangelistas sublinham este fato quando testemunham que Deus mesmo reconhece Jesus como seu Filho amado em dois momentos cruciais de sua vida terrestre: por ocasião do batismo no Jordão, antes de Jesus iniciar a sua vida publica (Mc 1,9-11), e no monte da Transfiguração, antes de Jesus subir a Jerusalém para aí sofrer e morrer (Mc 9,2-10). Quando S. Pedro, o primeiro dos apóstolos confessa: Tu és o Messias, o Cristo, o Filho de Deus vivo (Mt 16,16), Jesus responde: Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no Céu (cf.Jo 3,16)
Você sabia?
Podemos ter imagens?
Quantas vezes temos ouvido esta acusação da parte de pessoas de outras correntes: Os católicos fabricam imagens para adorá-las, enquanto que na Bíblia está estritamente proibido. Muitos irmãos nossos católicos não sabem o que responder, outros se deixam influenciar facilmente por estas meias verdades e alguns até sentem a tentação de tirar as imagens dos oratórios. Quero esclarecer-lhes este tema acerca das imagens, mas com a Bíblia na mão. Em primeiro lugar devemos fazer uma distinção entre uma imagem piedosa e um ídolo. A Bíblia sim proíbe energicamente o culto de adoração aos ídolos (falsos deuses), Ex 25,18, mas a Bíblia nunca proibiu as imagens como sinais religiosos, isto é, como representantes do Deus verdadeiro. A proibição da Bíblia se refere às imagens de ídolos ou falsos deuses não à proibição de fazer imagens como enfeites religiosos.
O que é um ídolo segundo a Bíblia?
Muito antes de Jesus, no tempo de Moisés, Deus começou formar o seu povo escolhido, o povo de Israel. Era gente muito simples que Deus tinha tirado do politeísmo para conduzi-la ao monoteísmo. Todos estes povos antigos tinham uma infinidade de deuses, aos quais adoravam e representavam através se imagens de Baals, que tinham a forma de um touro, de um leão ou de outros animais. O povo de Moisés chamava essas imagens de ídolos ou falsos deuses. O povo daquela época pensava que estas imagens tinham um poder mágico ou uma força milagrosa. No fundo estes ídolos eram representações dos poderes ou vícios do próprio homem. Por exemplo, a imagem do bezerro de ouro que aparece em Ex 32, era a expressão da força bruta da natureza. Também podia representar a encarnação do poder sexual desorientado e transviado. E o ouro do bezerro significava o poder da riqueza que explora e esmaga o homem, isto é, o homem com seus vícios representados no bezerro de ouro, quer ser deus e não quer deixar lugar para o único e verdadeiro Deus.
Deus chamou o povo hebreu para caminhar pela estrada do monoteísmo
Deixando atrás os ídolos e dando adoração ao Deus Verdadeiro. Mas os israelitas daquele tempo atraídos pelas práticas dos povos pagãos, queriam, às vezes, voltar ao politeísmo e à adoração aos ídolos: Então Moisés, inspirado por Javé-Deus proibiu-lhes estritamente fazer estes ídolo: Não terás deuses além de mim, não te faças estátua, nem imagem alguma do que existe no céu nem na terra, nem te prostes ante estes ídolos. Estes textos bíblicos são muito claros em sua proibição de fazer imagens ou estátuas de falsos deuses. Mas outra coisa muito diferente é aplicar estes textos às imagens como enfeites ou sinais religiosos. Estes sinais ou imagens piedosas nunca foram proibidos por Deus nem pela Bíblia.